Finalmente tinha conseguido estacionar e caminhava lentamente, debaixo daquele sol ardente, para a praia.
Ao chegar à esplanada, o roncar do motor de uma Harley, que parava à sua frente, assustou-a.
O condutor sai da mota e tira o capacete, sacudindo aquele cabelo que Brunhild sempre adorou.
Brunhild nem quer acreditar: era ele. Era ele!
Ele continuava igual ao que ela se lembrava. Lindo! Aquele cabelo encaracolado, farto, escuro; os olhos pequenos e negros; os lábios...
Tinha sido há tanto tempo, mas parecia que tinha sido ontem. Ela sentiu-se invadida novamente por aquele turbilhão de emoções... Brunhild sentiu o coração disparar e começou a tremedeira.
Ele olhava fixamente para ela e ela sentiu-se desfalecer. Impetuosamente, ele agarra-a pela cintura nos seus braços, impedindo-a de se estatelar desamparada no chão.
Brunhild sentia a respiração dele e os seus lábios húmidos, antecipando o beijo. O reencontro. Finalmente iriam ficar juntos. Para sempre.
Ainda ouviu... Desculpe...
Foi neste momento que Brunhild acordou e reparou que tinha adormecido, babando-se em cima da mesa da esplanada.
À sua frente encontrava-se aquele que fora o seu jogador preferido de todos os tempos. Ali, à sua frente... Desculpe, tem lumes?