"Academy Awards nominees including Meryl Streep, Sandra Bullock and George Clooney have been ordered not to cry during their acceptance speech."
Pois é! É proibido chorar. E esta proibição chegou, finalmente, à cerimónia dos Óscares.
É um sinal dos tempos. Uma imposição que tardava.
Chorar para quê? Chorar por quê?
Sentir para quê? Exteriorizar emoções para quê?
Nos dias que correm importa é ser inteligente, perspicaz, esperto. Ser mais inteligente, perspicaz e esperto do que o vizinho. Passar-lhes a perna, se tal se mostrar necessário.
A corrupção, a fraude, o conluio já são socialmente aceites. Não sabiam?!
Então, 'bora!, alcançar o sucesso. No matter what.
E se, ou quando, o alcançarem, nada de lágrimas. Por favor!
Tem lógica.
Oscar co-producer Bill Mechanic urged the stars to hold back their emotions once they reach the coveted podium, because teary-eyed thanks are "the single most-hated thing on the show."
Poupem-nos os momentos piegas e a lamechice. Nós só queremos saber do glamour; Da maquilhagem e penteados perfeitos, dos vestidos de alta costura e dos Louboutins. Dos casais felizes.
Vendam-nos um estilo de vida que jamais poderemos alcançar. Uma vida de sonho livre de lágrimas e emoções.
Quem quer saber das miúdas com dívidas a rondar os 25.000 dólares, aos 20 anos, a estourar o dinheiro da faculdade em malas e sapatos?!...
A nossa vidinha - dos comuns mortais - já é difícil que chegue.
Poupem-nos as lágrimas dos famosos! Por favor...