de pessoas que lêm nas entrelinhas.que de uma palavra fazem juizos e os ditam como verdades universais. não sei se é este clima de crise que lhes afecta o cérebro, mas revela-se cada vez mais esta gente no meu quotidiano, e eu não gosto. estes detectores humanos da conspiração, com quem convivo diáriamente, não se apercebem que amputam parte de mim.roubam-me a inocência. estava tão sossegada e feliz com a minha ignorância, quando, zás, sou apanhada por uma novidade, uma maldita sabedoria a que não aspirava. uma revelação, um raio de realidade que cai na minha cabeça. um foco impiedoso que me diz, que o que antigamente para mim era uma paisagem, não é mais do que um cenário onde vivo.
quase me levam à auto-punição por tanta estupidez e cegueira.
Para o bem e para o mal, nunca mais olharei para estes teóricos da conspiração, com os mesmos olhos.